
Raiça Bomfim move-se no campo das artes e humanidades como criadora, coordenadora de projetos, produtora e professora, de modo transdisciplinar, propondo práticas que consubstancializam arte, ecologia e práticas ancestrais de cuidado em saúde. É doutora e mestra pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da UFBA, tecendo sua pesquisa na encruzilhada entre academia, natureza e experiências com comunidades rurais. Bacharel em Interpretação teatral, lecionou como professora temporária da Escola de Teatro da mesma universidade nos anos de 2018 e 2019, com foco especial nas práticas e pesquisas vocais.
Coordena o território de articulações artísticas intitulado Gameleira Artes Integradas (http://gameleiraintegra.com), responsável pela gestão SASA (South America and South East Asia) - 2024, projeto internacional projeto internacional para a ampliação de parcerias equitativas entre países do Sul e do Norte Global, que conectou Brasil, Malásia e Reino Unido, amparado pelo financiamento do Conselho de Pesquisa em Artes e Humanidades – AHRC (https://www.instagram.com/sasa.workshop/ ).
A Gameleira é também responsável pela concepção e produção de trabalhos como a “oficina-ação LAVAGEM”, projeto criativo-formativo que, entre as oito edições já realizadas, reuniu cerca de 300 mulheres numa performance urbana e mais quase uma centena de mulheres que participaram da versão virtual realizada em fevereiro de 2021, no contexto da pandemia do corona vírus, e pelo “TRISTES, LOUCAS E MÁS: Festival de Mulheres em Cena”, que teve sua primeira edição em 2017, em Salvador, e. A Gameleira atualmente caminha para se estabelecer também num espaço físico composto como território de residência em artes e saberes da terra na região de Ibicoara, chapada Diamantina, Bahia.
Atuou, entre 2020 e 2024, como coordenadora do núcleo artístico do projeto transdisciplinar ECLIPSE, projeto multicêntrico, de base comunitária, com foco em leishmaniose cutânea (LC). Entre as ações realizados por esse núcleo artístico com a sua coordenação estão a produção do Guiné: Festival ECLIPSE de arte, saúde e saberes da terra (Quilombo do Boqueirão, Bahia, abril 2024 - https://www.instagram.com/guinefestival/ ), a realização do longa metragem Mirante do Céu. Filme da Camboa Audiovisual, com direção de Lara Beck (filme em processo de finalização, tendo seu primeiro corte exibido durante o Guiné: Festival de Arte, Saúde e Saberes da Terra), a publicação e lançamento do livro “Histórias de uma terra da pedra cortado”, criado a partir das memórias e narrativas de moradores de Corte de Pedra (Bahia/Brasil) e o a criação e lançamento do filme “Orobó e o Cinema Delas” estrelado e criado conjuntamente com moradoras da comunidade de Orobó (Bahia/Brasil). O projeto é conduzido pela Keele University em parceria com a Universidade Federal da Bahia/UFBA (FASA/ISC e SIM/Hupes). O ECLIPSE conecta ações também na Ethiopia, através da Mekelle Universit e em Sri Lanka, através da Rajarata University of Sri Lanka.
Entre 2020 e 2023 foi artista residente do programa ANGLES - Artistic Engagement in Global Health Residence Scheme, da Keele University.
Tem cinco livros lançados – “"Maré Cavala", criado em parceria com Lucas Moreira e publicado pela editora Gris (2020), cuja criação literária foi apoiada com a BOLSA DE INCENTIVO À CRIAÇÃO LITERÁRIA – POESIA do PROAC, Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, e com a BOLSA DE FOMENTO À LITERATURA, da Biblioteca Nacional/MINC; “10 Pontes” (2011), “O que é uma casa?” (2012) e “12Lâminas” (2013), os três em parceria com Vânia Medeiros e a Conspire Edições – e “Sete saltos para se afogar” (2017), publicado numa parceria entre a editora Pipoca Press e o Festival de Ilustração e Literatura Expandido, além de ter poemas seus publicados nas coletâneas “Mulheres Poetas e Baianas” (2018), da Editora Caramurê, “Profundanças III”, publicação online fruto da parceria entre a escritora Daniela Galdino e a produtora Vôo Audiovisual, “Outras Carolinas – Mulherio Da Bahia” (2017), da Editora Penalux e da Revista Miolo, entre outras. Vem participando, como artista convidada, de eventos e projetos literários, entre eles, o Festival da Palavra de Assis (2013, 2020), Flipelô (2019, 2020), Volteio Podcast (2021) e esteve como entrevistada na série Tripofagia (2021) – com o lançamento virtual de seu livro Maré Cavala.
Experimenta o cruzamento entre literatura, performance, música e vídeo através da performance-show Maré Cavala, criada em sintonia com o livro homônimo e em parceria com a banda Laia Gaiata e Rafaela Moreira e estreada junto com o lançamento do livro, em março de 2020, da participação como uma das três poetas convidadas na série Cartas Para, série em seis capítulos produzida pela Tendendê Produções e veiculada TVE Bahia em 2021, e das performances lítero-musicais “Palavras Perdidas na Areia” (em parceria com Rafaela Moreira, 2020), num convite do Instituto Cervantes da Bahia, da performance Folha de Guarda (2020), em parceria com Alex Simões, Laura Castro e Leonardo França, performance surgida a partir da provocação dos curadores da Revista Miolo, para o lançamento da segunda edição da revista, e da performance Dobra (em parceria com André Oliveira).
Ministra oficinas de expressividade vocal, performance, teatro e poesia expandida e residências artísticas. Entre elas, a Residência Arte Medicina, junto com os artistas Isa Maga e Felipe Benevides (2021 – 2024 https://www.instagram.com/artemedicina_elemental/ ), a oficina “artes para conversar com pedras, águas e plantas, a convite do Projeto Alocô ( https://www.instagram.com/p/CjlD72qOXu5/ ), no qual também conduziu uma residência artística para o grupo de artistas do projeto, a oficina “Poéticas Vazantes” (2021 – no âmbito online), dentro do projeto “Cartografia do Vazio”, a oficina Corpo Vivo (2021), em conjunto com Joelle Jolivet e Heitor Dantas, pelo FILExpandido, a Oficina-Ação LAVAGEM, ministrada anualmente em diálogo com a Festa de Iemanjá, a oficina Berro Estribilho (2018) e ainda as oficinas “Corpo e voz: procedimentos para uma criação polissêmica e autoral”, dentro da programação do Festival Itinerante de Teatro Latino-americano Âmbar (FITLÂ_2015); “Como eu me criei”, para maiores de 60 anos, no Centro Cultural da Caixa (Salvador, 2012); “Expressividade do corpo micromuscular” (2012) e “Investigação de um rito pessoal”, (2011), ambas com o grupo Alvenaria de Teatro.
Raiça
Bomfim

